terça-feira, 31 de janeiro de 2012

REVOLUÇÃO FRANCESA - O DIRETÓRIO (1795-1799)

  Com a nova Constituição, o país passou a ser governado pelo Diretório, controlado pelos girondinos. Entre os principais acontecimentos dessa fase, destacam-se: o cancelamento de muitas das medidas aprovadas no tempo da Convenção, como o sufrágio universal masculino; a continuidade da guerra contra diversos países, liderados pela Inglaterra; e o agravamento da crise interna, em virtude da desorganização da economia, da inflação e da corrupção por parte de setores do governo.
   Em meio a essa crise generalizada, os líderes burgueses recorreram a Napoleão Bonaparte, na época um general de prestígio. Apoiado pelo exército e pela burguesia, Bonaparte deu um golpe de Estado contra o Diretório e assumiu o poder. Essa fato conhecido como o Golpe do 18 de Brumário de 1799, assinala o início de uma nova etapa da Revolução Francesa, na qual seus princípios se expandiriam por toda a Europa e várias regiões do mundo.

REVOLUÇÃO FRANCESA - A ÉPOCA DO TERROR

   Ao tomar posse, a Convenção em seu primeiro ato proclamou a República, e adotou um novo calendário e de uma nova contagem de tempo: o ano de 1792 passava a ser considerado o Ano I da Revolução.
  A  esquerda seguia reunindo os jacobinos e outros políticos redicais, representando a pequena burguesia e os sans-culottes - pessoas pertencentes ás camadas populares. Ambas as tendências eram republicanas e revolucionárias, mas os jacobinos pregavam a radicalização e queriam aprofundar as mudanças revolucionárias.
   Confirmada as suspeitas de traição de Luís XVI, ele foi condenado á morte e guilhotinado em janeiro de 1793. Sua execução só fez aumentar a oposição interna e externa ao regime revolucionário e levou á formação da Primeira Coalizão contra a França, na qual Áustria, Prússia, Inglaterrra, Russia, Espanha e Portugal investiram contra a revolução.
   A  Convenção convocou a população para a defesa do país e instituiu a Lei dos Suspeitos, pela qual qualquer pessoa denunciada como contra-revolucionária podia ser condenada á morte.
   Os jacobinos instalaram a ditadura na França e estabeleceram o regime do terror. A frente desse movimento estava Robespierre, apelidado de "o incorruptível".
    Com a queda de Robespierre, os girondinos voltaram ao poder e deram início á Reação Termidoriana, como ficou conhecida a perseguição aos jacobinos.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

REVOLUÇÃO FRANCESA - JACOBINOS E GIRONDINOS

   Com a queda da Bastilha, surgiram em Paris inúmeros clubes revolucionários. Parte desses clubes se reunia no convento dos monges jacobinos. Dai se originou a expressão "clube dos jacobinos" para designar um dos grupos radicais da Convenção.
   O termo "girondino", por sua vez, era aplicado inicialmente aos deputados eleitos pela província de Gironda, localizada no sul da França. Depois, a palavra passou a ser empregada para designar um grupo político mais amplo, que incluía a burguesia.
    Na Convenção os jacobinos sentavam a esquerda e os girondinos a direida, daí o termo esquerda e direira tanto usado na política atual.
     

REVOLUÇÃO FRANCESA - A QUEDA DA BASTILHA

   Uma agitação tomava conta da França. Luíz XVI, temeroso da revolta popular, concentrou tropas ás portas de Paris e de Versalhes. A população, por sua vez, procurava se armar a fim de defender a Assembléia Nacional Constituinte de uma possível agressão.
   Em 14 de julho de 1789, uma grande massa popular tomou de assalto a Bastilha, uma fortaleza utilizada como depósito e presídio, em busca de armas e munição. A Bastilha era um símbolo da opressão, pois em seu interior ficavam trancafiados os prisioneiros políticos.
    A revolução se espalhou por todo o país. Os sangretos episódios que se seguiram forçaram o rei a retirar as tropas, mostraram a força da população e levaram á formação de um conselho de cidadão para administrar Paris.
   As antigas estruturas começaram a ser alteradas pela ação dos revolucionários. Em 4 de agosto de 1789, a Assembléia Nacional Constituinte decidiu abolir os resquícios do feudalismo, privando a nobreza e o clero de muitos privilégios, como o não pagamento de impostos. Inspirada nos ideais iluministas, nesse mesmo ano foi proclamada a Declaração dos Direitos do Homems e do Cidadão.
   Em 1791, passou a vigorar a nova Constituição, que transformava a França em monarquia constitucional e a reorganizava, de acordo com a teoria da tríplice divisão dos poderes do Estado.
    

REVOLUÇÃO FRANCESA

   A Revolução Francesa é considerada pelos historiadores o marco que assinala o fim da Idade Moderna e o inicio da Idade Conteporânea. O movimento foi o mais poderoso golpe contra o Antigo Regime na França e repercutiu em toda a Europa e em várias regiões do mundo, inclusive na América.
   Os revolucionários franceses, sob o lema liberdade, igualdade e fraternidade, levaram os ideais iluministas ás últimas consequências. Prociraram instituir um Estado caracterizado por maior participação política da população e pela diminuição das desigualdades sociais. Inauguraram assim um Estado que tinha em sua base o "povo" e o direito á cidadania.

CONSTITUIÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

    Artigo I - Seção I - todos os poderes legislativo concedidos pela presente lei serão confiados a um congresso dos Estados Unidos, que se comporá de um senado e de uma Câmara dos Representantes. _ Seção II - A Câmara dos Representantes compor-se-á de membros escolhidos a cada dois anos pelo povo dos diversos Estados (...) - Seção III - O Senado dos Estados Unidos será composto de dois senadores para cada Estado, escolhidos por seis anos pela legislatura de cada Estado (desde 1913, em virtude da 17ª emenda á Constituição os senadores são eleitos por sufrágio direto); cada Senador terá um voto (...). Proceder-se-á a cada dois anos á eleição de um terço dos membros do Senado (...).
   Artigo II - Seção I - O poder Executivo é conferido a um Presidente dos Estados Unidos da América. Ficará em funções durante um período de quatro anos, e será eleito da maneira seguinte, ao mesmo tempo que o vice-presidente, escolhido pelo mesmo período. Cada Estado nomeará, segundo o modo prescrito pela sua legislatura, um número de eleitores igual á totalidade dos senadores e dos representantes que o Estado tem o direito de enviar ao Congresso (...). - Seção II - O presidente será comandante-em-chefe do exército e da marinha dos Estados Unidos (...) terá o poder de concluir tratados com o consentimento do Senado, desde que dois terços dos senadores presentes o cosintam(...)
    Artigo III - Seção I - O poder judiciário dos Estados Unidos será confiado a um Tribunal Supremo e aos tribunais inferiores que o Congresso julgue necessário criar e estabelecer (...)

domingo, 29 de janeiro de 2012

INDEPENDÊNCIA NA AMÉRICA DO NORTE

   As colônias inglesas da América do Norte, inspiradas pelas idéias de Jocke e dos filósofos iluministas, foram as primeiras a se rebelar contra a metrópole.
   A reação inédita dos norte-americanos chamou a atenção do mundo pela ousadia e acabou abrindo caminho para que, algumas décadas depois, as colônias francesas, portuguesas e espanholas do continente seguissem a mesma trilha.
   O movimento, além de romper com o pacto colonial, contribuiu para consolidar a burguesia no poder e condenar ao fim os governos absolutistas e o mercantilismo na Europa.
   Em 1776, invocando o "direito de rebelião" defendido pelo filósofo inglês Jonh Locke, as colonias inglesas divulgaram sua Declaração de Independência. O documento inspirava-se nos ideais iluministas e tinha como uma de suas idéias básicas o princípio de que "todos os homens nascem iguais" . Apesar disso, a escravidão não foi abolida.
   

sábado, 28 de janeiro de 2012

O LIBERALISMO ECONÔMICO

   O Iluminismo influenciou também o pensamento econômico, dominado na época pelos princípios mercantilistas, caracterizados pela intervenção do Estado na economia por meio de monopólio, proibições e regulamentos. As atividades comerciais eram consideradas as principais fontes de riqueza e dependiam da proteção do Estado para sua plena realização.
   A partir do século XVIII, com o fortalecimeto da produção fabril na Inglaterra e posteriormente em outros países da Europa, começaram a ganhar força teorias que pregavam a liberdade econômica e a formaçao do livre mercado. Os teóricos afirmavam que a intervenção do Estado limitava o desenvolvimento das atividades econômicas.
  Os primeiros economistas a defender essas idéias foram os fisiocratas ( de fisiocracia, governo da natureza). Seu principal representatnte na França foi François Quesnay, para quem a agricultura constituía a principal fonte geradora de riqueza. Outro fisiocrata de destaque foi Vincent de Gournay que consagrou o lema "Laissez faire, laissez passer" ( deixe fazer, deixe passar), que se transformaria num dos principios fundamentais do liberalismo econômico.
   As idéias dos fisiocratas acabaram influenciando o escocês Adam Smith, fundador do liberalismo econômico, que publicou, em 1776, o livro Investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações. Nessa obra, Smith defende a liberdade de mercado e o trabalho como base de toda a riqueza, em oposição aos mercantilistas e aos fisiocratas, Smith era ainda a favor do trabalho livre assalariado e contrário ao protecionismo, ao sistema colonial e á intervenção do Estado na econômia.

O DESPOTISMO ESCLARECIDO

   Na segunda metade do século XVIII, alguns governantes absolutistas europeus adotaram princípios iluministas e promoveram reformas importantes em seus países, com o objetivo de moderniza-los. Entre esses governantes que sem deixar de ser absolutistas, procuraram promover o "progresso" econômico e social, tal como era entendido pelos iluministas, estava Sebastião José de Carvalho e Melo, o marquês de Pompal, que governou  Portugal entre 1750 e 1777.    Essa combinação entre absolutismo e iluminismo ficou conhecida como despotismo esclarecido.
    De modo geral, os filósifos usam o termo "despotismo" para se referir a um governo cujo poder não tem limites. O déspota é um governante que detém poder absoluto e governa segundo sua própria vontade.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

FILÓSOFOS ILUMINISTAS

- Voltaire (1694-1778), cujo nome de batismo era François Marie Arout, notabilizou-se por combater a ignorância, a superstição, o fanatismo religioso e por defender a razão, a tolelância e a monarquia constitucional. Foi poeta, dramaturgo, escritor e filósofo e considerava a escrita e os livros as principais armas contra a ignorância. Preso várias vezes por suas idéias revolucionárias, exilou-se na fronteira com a Suíça e na Inglaterra. Escreveu, entre outros livros, Cartas inglesas e Tratado sobre a tolerância.
- Montesquieu (1689-1755), cujo verdadeiro nome era Charles de Secondat, escreveu o espírito das leis, livro em que critica a monarquia absolutista e defende a organização do Estado em três poderes autônomos: legislativo, executivo e judiciário. A independência entre os poderes, segundo Montesquieu, garantia o equilíbrio do Estado e a liberdade dos indivíduos. Ele também teceu críticas severas aos costumes morais e religiosos de sua época na obra Cartas persas.
- Denis Diderot, (1713-1784) e Jean Le Rond d'Alembert (1717-1783), foram os responsáveis pela Enciclopédia, obra que pretendia reunir todo o conhecimento existente naquele período, vinte volumes já haviam sido publicado. Resultado de um processo de criaçao coletiva, a Enciclopédia circulou pela Europa e contribuiu para divulgar as idéias iluministas.
- Jean-Jaques Rosseau (1712-1778), nasceu em Genebra na Suíça, e a partir de 1742 se estabeleceu em Paris, onde se uniu aos enciclopedistas. Em sua obra, Rosseau procurou analizar as reazões das desigualdades sociais. Segundo ele, o ser humano é naturalmente bom, mas a sociedade o corrompe, gerando desigualdade social, escravidão e tirania.

ILUMINISMO - OS PRECURSORES

 -  Francis Bacon (1561-1626) , filosifo inglês, desenvolveu o médoto experimental, no qual enfatizava a importância da observação e da experimentação para o desenvolvimento do conhecimento. Seus estudos se aplicavam ás ciências naturais, e os princípios defendidos por ele foram reunidos no livro Novum organum, sua principal obra.
 - René Descartes (1596-1650), nasceu na França e quando jovem seguiu a carreira militar. Ao abandonar esse oficio, dedicou-se ao estudo de física, matématica e, sobretudo, filosofia. Nesse campo, procurou desenvolver um método que produzisse verdades absolutas, inquestionáveis. Escreveu Regras para a direção do espírito, discurso do método e Meditações.
 - Issac Newton (1642-1727), matemático, astrônomo, físico e filósofo inglês. Entre suas contribuições mais significativas está a formulação da lei da gravitação universal. Sua obra principal, Os princípios matemáticos da filosofia da natureza, foi publicada em 1687 e reúne as bases da mecânica clássica.
 - John Locke (1632-1704), filósofo e político inglês, não acreditava nas idéias inatas, ou seja, que as pessoas já trouxessem ao nascer. Para ele, as idéias tinham origem nos sentidos humanos. Contrário á teoria do direito divino dos reis, afirmava que os governos eram criações humanas. Partidário da tolência religiosa, formulou a teoria do Estado liberal e da propriedade privada. Entre seus escritos, destacam-se Ensaio sobre o entendimeto humano, primeiro tratado sobre o governo civil e segundo tratado sobre o governo civil.

ILUMINISMO - A RAZÃO EM PRIMEIRO LUGAR

   Os iluministas - chamados genericamente de filósofos - tinham como objetivo livrar os seres humanos das trevas da ignorância, ao valorizar a razão (racionalismo) e o conhecimento da verdade. Acreditavam que este era o caminho para a conquista da liberdade e da plena autonomia intectual.
   Sinais do racionalismo podiam-se ser encontrados na Europa desde o Renascimento, entre os séculos XV e XVI, quando intelectuais, pintores e artistas transformaram o ser humano no centro de suas preocupações. No afã de conhecer o indivíduo e o mundo que o cercava, os renascentistas enfatizavam a importância da experimentação, da observação e da investigação na produção do conhecimento, base para o desenvolvimeto do racionalismo.
   Ao longo do seculo XVII, as práticas e os  valores defendidos pelos renascentistas foram reafirmados e ampliados por pensadores como Francis Bacon, René Descartes e John Locke. A produção de todos esses intelectuais era reflexo dos tempos modernos. As atividades econômicas ligadas aos principios mercantilistas, por exemplo, se intensificavam e projetavam socialmente os burgueses - comerciantes, banqueiros e homens de negócios em geral. Mas, apesar da ascensão desse grupo, os reis, os nobres e os integrantes do alto clero ainda detinham o prestígio e o poder político, respaldado em uma organização social justificada, muitas vezes, apenas pela vontade divina.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

ILUMINISMO

   No decorrrer do século XVIII, difundiu-se na França e na Inglaterra um conjunto de idéias frontalmente opostas ao absolutismo dos reis e ao misticismo religioso: o Iluminismo. A principal característica do movimento, que depois se espalhou por toda a Europa, era a valorização da ciência e da racionalidade como forma de eliminar a ignorância dos seres humanos acerca da natureza e da vida em sociedade. Para os iluministas, tratava-se de substituir as trevas da ignorância - fruto da tradição e do misticismo religioso - pelas luzes da Razão.
   O Iluminismo - conhecido tambem Ilustração - manifestou-se sobretudo no campo da filosofia, mas acabou se refletindo ainda na política, na economia, na arte e na literatura. Na esfera política, a atuação dos iluministas se concentrou na defesa dos direitos do indivíduo e no combate ás arbitrariedades dos governos absolutistas.

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - CONSEQUÊNCIAS

   Durante o século XVIII, a Revolução Industrial consistiu num fenômeno inteiramente inglês.. Mas, a partir do século seguinte, começou a se expandir para vários países, provocando grandes transformações na vida das pessoas.
   Do ponto de vista da produção, o sistema fabril acabou se consolidando. Com máquinas cada vez mais sofisticadas, a fábrica tornou-se o local adequado para a produção, favorecendo a divisão do trabalho, a imposição do horário e da disciplina ao trabalhador, além do aumento da produtividade.
   No âmbito social, surgiu o proletariado, classe social formada pelos trabalhadores fabris e de transporte. Devido aos baixos salários, mulheres e crianças também eram obbrigadas a trabalhar, recebendo remuneração ainda menores que as dos homens. A Revolução Industrial causou graves consequências na vida dos trabalhadores, pois não havia regras ou limites para o exercício do trabalho. Os donos das fábricas impunham salários miseráveis e longas jornadas, que chegavam a dezoito horas diárias.
  Ao longo do século XIX, os trabalhadores acabariam se organizando e usando a força de sua classe profissional para reivindicar melhores condições de trabalho e defender seus direitos.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - O PIONEIRISMO DA INGLATERRA

   A Inglaterra foi o primeiro país a reunir as condições necessárias para o desenvolvimento do sistema fabril. Entre os numerosos aspectos que favoreceram esse processo destaca-se, em primeiro lugar, o controle de vastos mercado consumidor. As grandes navegações, possibilitaram a criação de um mercado mundial em constante espansão. Entre os séculos XVII e XVIII, os ingleses conquistaram a hegemonia desse mercado á medida que suplantaram a concorrência com a Espanha, a Holanda e a França.
   Para o pionerismo inglês foi importante a acumulação de capital. Entende-se por capital todos os recursos utilizados com o objetivo de se obter lucro (dinheiro e equipamentos, por exemplo). Os países que mais concentraram capital  na Europa, a partir das Grandes Navegações, foram a Inglaterra, a Holanda e a França, todos ligados ao comércio marítimo, ao tráfico negreiro e á exploração colonial. A abundância de capital e a perspectiva de lucros estimulavam a produção e a ampliação dos negócios.
   Naquele momento, porém, de nada adiantava o acúmulo de capital se não houvesse disponibilidade de mão-de-obra. Desde o século XVII, existia na Inglaterra um grande contigente de mão-de-obra formado principalmente por camponeses expulsos da terra.
   Muitos artesãos, não podendo competir com a produção fabril, transformaram-se também, após muita resistência, em trabalhadores assalariados.

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - O SISTEMA FABRIL

   A Revolução Industrial foi o resultado de um longo processo que teve início na Baixa Idade Média, com o aparecimento das corporações de oficio e o renascimento das cidades e do comércio na Europa ocidental. A partir desse momento, ganharam importância cada vez maior as noções de lucro e de produtividade, fundamentais para o desenvolvimento de uma mentalidade voltada para o enriquecimento e para a acumulação: a mentalidade empresarial capitalista.
  Com as Grandes Navegações, entre os seculos XV e XVI, as atividades econômicas se expandiram. Controlando vastos territórios em quase todo o mundo, os europeus passaram a explorar o comércio em proporções mundiais, levando para o seu continente riquezas que seriam aplicadas na fabricação de produtos destinados a alimentar um mercado cada vez maior.
  Ás próprias formas de produção de mercadorias na Europa acabaram por se transformar. Para atender á demanda crescente, surgiram métodos mais eficientes de produzir. Com isso, as antigas corporações de ofício foram substituídas pela produção de vários artesãos. Estes trabalhavam por encomenda, com a matéria-prima e as ferramentas necessarias cedidas pelo comerciante, e, como forma de pagamento, recebiam um salário.
  A partir de meados do século XVIII, alguns comerciantes perceberam que podiam aumentar ainda mais a produção e os lucros. E, em vez de espalhar ferramentas e matérias-primas entre os artesãos contratados, passaram a reuni-los num mesmo local para trabalhar: assim surgiram as fábricas ou o sistema fabril.

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

   A expressão Revolução Industrial tem sido utilizada para designar um conjunto de transformações econômicas, sociais e tecnológicas que teve início na Inglaterra, na segunda metade do século XVIII.
  Em pouco tempo, essas mudanças afetariam outros países da Europa e outros continentes, alterando definitivamente as relações entre as sociedades humanas.
  Os    historiadores acreditam que a Revolução Industrial desempenhou um papel vital no desenvolvimeto do capitalismo. Marcada por intensa acumulação de capitais na Inglaterra e por profundas transformações nas formas de produção, na prática a revolução significou o advento da indústria e da produção em série.
  

REFORMA POMBALINA

   Como primeiro-ministro, o Marquês de pombal cuidou de toda a administração do Estado português. trabalhou para fortalecer o poder real, racionalizar a administração, libertar Portugal da dependência econômica em relação á Inglaterra e desenvolver a administração colonial.
  Apesar dos problemas, Pombal levou a cabo um ambicioso programa de reformas. Entre outras realizações, seu governo procurou fortalecer o produto nacional em relação a concorrência estrangeira, incrementar o comércio colonial e incetivar o desenvolvimento das manufaturas.
   O ministro fundou também o Banco Real em 1751 e estabeleceu uma nova estrutura para administrar a cobrança dos impostos, centralizada pela Real Fazenda de Lisboa, sob seu controle direto.
   A ação reformadora de Pombal estendeu-se ainda ao âmbito da política e do Estado. Nesse campo, o primeiro-ministro empenhou-se no fortalecimento do absolutismo do rei e no combate a setores e instituições que poderiam enfraquecê-lo. Diminuiu o poder da Igreja, subordinando o Tribunal do Santo Ofício (Inquisição) ao Estado e, em 1759, expulsou os jesuias da metrópole e da colônia, confiscando seus bens, sob a alegação de que a Companhia de Jesus agia como um poder autônomo dentro do Estado português.
   Na esfera da educação, Pombal introduziu importantes mudanças no sistema de ensino do reino e da colônia - que até essa época estava sob a responsabilidade da Igreja -, passando-o ao controle do Estado. A Universidade de Évora, por exemplo, pertencente aos jesuítas, foi extinta, e a Universidade de Coimbra sofreu profunda reforma, sendo totalmente modernizada.

   

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

AS TREZE COLÔNIAS

  O primeiro navegador a serviços da Inglaterra a explorar o continente americano foi o genovês Giovanni Caboto (john Cabolt), que esteve na região duas vezes, em 1497 e 1498. Cabot percorreu a Terra Novo, no Canadá atual, mas não deu início á colonizaçao do território. As primeiras tentativas de povoamento só seriam feitas bem mais tarde. Entre 1584 e 1585, sir Walter Raleigth fundou na ilha de Roanoke  o primeiro núcleo de colonização inglesa na América do Norte. A povoação, entretanto, desapareceu, possivelmente destruída pelos índios. 
  Frustado  o primeiro ensaio, a inglaterra só se lançaria á colonização efetiva da América do Norte em 1607, quando um grupo de colonos ingleses, agenciados pela london company, fudou a Virgínia, assim chamada em homenagem á "rainha virgem " , Elizabeth I.
   Ao sul da colônia, surgiram depois a Carorina do norte, a Carolina do Sul e a Geórgia. Em sua fronteira norte, os ingleses fundaram Maryland.
   Por sua localizaçao geográfica e pelo seu clima, essas colônias se voltariam para o plantio de produtos tropicais de exportação, como o fumo, o arroze , mais tarde,o algodão.

COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA - INGLESES

   Ao contrário do que ocorrreu na parte da América colonizadada por espanhóis e portugueses, a colonizaçao inglesa no norte do continente não foi feita pelo Estado, mas por empresas privadas. O processo de ocupaçao também foi bem diferente: as colônias inglesas na América do Norte receberam , desde o começo do século XVII, enorme fluxo de europeus em busca de oportunidades nas novas terras.
   Segundo o economista Celso Furtado, calcula-se que, durante quase três séculos- de 1509 a 1790-,cerca de 150 mil pessoas deixaram a Espanha em direção a América. Já da Inglaterra, somente no século XVII saíram aproximadamente 500 mil. As razões para que tantos ingleses deixassem suas terras e decidissem viver no novo continente não foram poucas.
   A partir do século XV, a Inglaterra passou por um lento processo de mudanças na organização do trabalho e na estrutura da propriedade rural, com conseguências desastrosas para a população camponesa. A valorizaçao da lã como matéria-prima da fabricação de tecidos nos Países Baixos levou muitos senhores de terras a cerca as terras comunais antes ultilizadas pelos camponeses, para criar ovelhas.
   Esse processo de cercamentos, como ficou conhecido, estendeu-se também a vasta áreas anteriormente ocupadas pelos camponeses, provocando desemprego e migrações de trabalhadores do campo para a cidade, onde nen sempre encontravam ocupação. Isso fez com que, no decorrer do século XVII, muitos deles, ou seus descendentes, emigrassem para a América do Norte.
  Outra razão importante que explica a transferência em massa de ingleses para o novo continente foram as guerras e perseguições religiosas dos séculos XVI e XVII. Na Inglaterra, as principais vítimas dessas perseguições eram os puritanos, que em grande número acabaram  se refugiando na América.

A COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA - FRANÇA,HOLANDA E INGLATERRA

   Embora tenham o mérito do pioneirsmo, Portugal e Espanha não foram os únicos países europeus a colonizar a América. Em diferentes momentos, a França, a Holanda e a Inglaterra também investiram na exploração do novo continente, contestando a divisão do território entre espanhóis e portugueses imposta pelo Tratado de Tordesilha.
   O primeiro país a fazer isso foi a França, que no sul do continente encontrou terreno propício para promover o contrabando de pau-brasil. No norte, os franceses conquistaram a região que coresponde hoje ao Canadá, onde fundaram Quebec, em 1607. A seguir, dominaram a região chamada por ele de Louisiana, em homenagem ao rei Francês Luís  XVI, hoje um estado ao sul dos Estados Unidos.
  Os Holandeses deixaram claro que seu principal interesse em terras americanas eram os negócios relacionados á produção de açucar. No século XVII, depois de expulsos de Pernambuco, instalaram-se nas Antilhas e no atual Suriname. Os ingleses, por sua vez, colonizaram algumas ilhas do Caribe, como Barbados e Jamaica, tomadas aos espanhóis no século Barbados e Jamaica, tomadas aos espanhóis no século XVII. Seu maior empreendimento, contudo, seria a conquista,  a ocupação e a colonização de territórios na costa atlântica da América do Norte, a partir de 1607. Nessa extensa faixa litorânea, eles fundaram treza colônias, onde,  acabou se desenvolvendo uma sociedade singular.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

A DITADURA DE CROMWELL NA INGLATERRA

   Formalmente, a monarquia tinha sido extinta. Na prática, porém, os ingleses viveriam sob a ditadura exercida por Oliver Cromwell que, em 1653, seria declarado Lorde Protetor da Inglaterra, cargo vitalício e hereditário.
  O goveno de Cromwell caracterizou-se por adotar uma agressiva política de fortalecimento do comércio internacional da Inglaterra. Em 1651, o Parlamento aprovou o Ato de Navegação, pelo qual somente barcos ingleses ou de países de origem das mercadorias podiam transportá-las até os portos da Inglaterra. A medida acabou provocando uma guerra com a Holanda (1652-1654). Vitoriosa, a Inglaterra saiu do conflito como a grande potência naval da Europa.
  Oliver Cromwell morreu em 1658 e foi sucedido pelo filho, Richard, que ficou menos de um ano no poder. Sem habilidade para manter o apoio político dos grandes proprietários, Richard seria destituído do cargo pelo Parlamento. Em 1660, o trono passou ás mãos de Carlos II,  filho de Carlos I, o rei decapitado. Com o retorno dos Stuart ao poder, teve início a Restauração, que se estenderia pelos reinados de Carlos II (1660-1685) e de Jaime II (1685-1688).

REVOLUÇÃO PURITANA

   Durante os reinados de Henrique VIII e de Elizabeth I, no século XVI, a economia inglesa passara por um período de grande desenvolvimento comercial. Por essa época, surgiram grandes empresas monopolistas, como a Companhia das Índias Orientais.
   Essas companhias, entretanto, impediram a livre concorrência e barraram o acesso das pequenas e médias companhias de comércio ao mercado. Como consequência, a burguesia inglesa acabou se dividindo em relação á política econômica do governo.
  Com o surgimento da dinastia Stuart, os problemas se agravaram. Tanto Jaime I quanto seu filho, Carlos I, praticaram uma política mercantilista estrita, favorecendo a grande burguesia e a nobreza em detrimento dos pequenos e médios empresários.
  Para agravar a situação, em 1628 Carlos I resolveu dissolver o Parlamento. As tensões chegaram ao limite.
  Em 1640, os calvinistas escoceses invadiram o território inglês, rebelando-se contra Carlos I, que tentava impor a eles a religião anglicana. O rei foi obrigado a convocar o Parlamento, que não se reunia havia 12 anos.
   O Parlamento se tornou então a grande " caixa de resonância " do ódio acumulado da burguesia puritana contra os Stuart. Em 1642 teve início a guerra civil. De um lado, as forças do rei, de outro, as do Parlamento, lideradas por Oliver Cromwell.
   Em 1648, o rei foi definitivamente derrotado. Preso pelos cabeças redondas, enfrentou um julgamento sumário e foi decapitado em 1649. A Inglaterra passou então a ser governada pelo Parlamento, sob a liderança de Cromwell.

A QUEDA DA MONARQUIA INGLESA

  Em 1603, a morte da rainha Elizabeth I deixou vago o trono da Inglaterra. Na ausência de herdeiros diretos, já que a rainha não tinha filhos, a coroa foi entregue a seu primo, Jaime Stuart, rei da Escócia.
  Tão logo assumiu o trono, Jaime I, como se tornaria conhecido, entrou em rota de colisão com amplos setores da sociedade inglesa. Para começar, quis restaurar o absolutismo, invocando a teoria da origem divina dos reis e perseguindo os puritanos. Ao mesmo tempo, tentou estabelecer novos impostos. Foi o bastante para que sua política provocasse sérias divergências com o parlamento.
   A morte do rei, em 1625, só fez piorar a situação. Seguindo na mesma trilha, o filho e sucessor de Jaime, Carlos I,  tentou impor o anglicanismo aos calvinistas escoceses, dissolveu o parlamento e restaurou antigos impostos. Todas essas medidas, como era de esperar, criaram um clima de guerra entre o rei e o Parlamento.

A GUERRA DOS TRINTA ANOS

   A Guerra dos trinta Anos, que começou em 1618, foi provocada por problemas religiosos e políticos. Por essa época, a dinastia dos Habsburgo procurava impor o absolutismo e a religião católica a seus súditos do Sacro Império Romano-Germânico, formado por cerca de trezentos pequenos principados autônomos. Revoltados com a imposição, os príncipes protestantes, organizados com a imposição, os príncipes protestantes, organizados na Liga Evangélica, entraram em choque com as forças do governo, sofrendo fragorosa derrota em 1620.
   Nesse momento, Inglaterra, Holanda e França, preocupadas com o fortalecimento dos Habsburgo,interviram no comflito, apoiando o rei da dinamarca,que disputava territótios com o sacro império. Em 1629,as forças do sacro império, derrotaram as da Dinamarca. Em seguida, a Suécia entrou em conflito contando com o apoio da França, mas foi igualmente vencida em 1632.
   Com  a derrota dos suecos, a França aliou-se á Holanda,declarou guerra á Espanha e invadiuo Sacro Império.Em 1648, o exército francês sitiou Viena, capital da Austria e sede dos Habsburgo. A paz foi selada pelo tratado de Westfália que concedeu á França os territórios da Alsácia e da lorena antes pertencentes ao Sacro império. O acordo obrigou ainda a espanha a reconhecer a independência da Holanda.


















sábado, 14 de janeiro de 2012

UNIÃO IBÉRICA E A COLÔNIA PORTUGUESA

   A União Ibérica teve repercussões importantes para a colônia portuguesa na América (Brasil). Significou, na prática, o fim dos limites estabelecidos pelo Tratado de Tordesilhas, permitindo a livre circulação Luso- brasileira em terras espanholas e vice-versa. Isso permitiu aos portugueses ampliar o território colonial. Os espanhóis, em contra partida, tinham menos interesse em ocupar o território luso-brasileiro, poiis suas intenções  já estava voltada para as riquesas do Peru e da Nova Espanha (México atual).
   Ao mesmo tempo, sob o domínio espanhol, Portugal passou a ser hostilizado por algumas potencias européias inimigas da Espanha e com as quais mantiveram, até então, relações amistosas. Uma dessas nações era a Holanda.
   Para  a colônia, a consequência mais imediata dessa inimizade recém-contraída pela metrópole foram as invasões holandesas na Bahia e em Pernanmbuco.

UNIÃO IBÉRICA

   A morte de dom Sebastião e a de seu tio-avô puseram fim á dinastia de Avis e colocaram Portugal diante do mesmo dilema com o qual o país se defrontara em 1383: submeter-se ao domínio espanhol ou rebelar-se. Filipe II da Espanha reividicava para si o trono português, com o argumento de que era casado com dona Maria, filha de dom João III de Portugal, avô de dom Sebastião.
   O aspirante ao trono era apoiado por quase toda a nobreza, pelo alto clero e por boa parte da burguesia. A maioria da populaçã, porém, aliada a alguns setores burgueses e da nobreza, opunha-se a ele, mas não teve força suficiente para derrotar o exército espanhol, que invadiu Portugal e colocou no trono o novo rei.
   Em 1581, pelo Tratado de Tomar, instaurava-se a União Ibérica, governada por uma monarquia dual que reinaria sobre os dois países até 1640.

UNIÃO IBÉRICA - CAUSAS

   De 1580 a 1640, Portugal e seu império colonial estiveram sob o domínio da Coroa espanhola. Esse período ficou conhecido como União Ibérica. Entretanto, apesar do domínio espanhol, a autoridade do governo português foi mantida e não houve intervenção administrativa em suas instituições e em sua atuação na colônia.
   A    formação da União Ibérica está relacionada com o fim da dinastia de Avis. Em 1568, dom Sebastião, o último rei dessa casa, assumiu o trono português aos 14 anos de idade. Dez anos depois, ainda solteiro, colocou-se á frente de um exército de 18 mil homens e invadiu o norte da África, na tentativa de derrotar os muçulmanos. Foi vencido e morto na batalha de Alcácer Quibir.
  Dom   Sebastião não tinha filho. Na falta de herdeiros, quem assumiu o trono foi seu tio-avô, o cardeal dom Henrique, homem idoso que morreu pouco tempo depois, em 1580. Com sua morte abriu-se uma crise na monarquia portuguesa,

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

AMÉRICA ESPANHOLA - MERCANTILISMO E PACTO COLONIAL

   Para garantir total controle sobre a riqueza produzida na América, o governo espanhol decidiu regulamentar as atividades econômicas e estabelecer as regras do sistema colonial.
    O principal objetivo da colonização era estabelecer uma balança comercial favorável ao país europeu. Em geral, produziam-se na colônia bens que podiam ser comercializados com grandes margem de lucro pelos reinos europeus ( também chamados de metrópole).
   Desse  modo, a economia das colônias deveria funcionar de forma complementar á da metrópole. Esse princípio era central no mercantilismo: vigorava não apenas na relação entre a Espanha e suas colônias, mas também em todos os outros sistemas coloniais.
As colônias deviam ainda consumir as mercadorias produzidas na metrópole, em geral produtos manufaturados. Ao mesmo tempo, o comercio das colônias só podia ser feito por intermédio de comerciantes autorizados pela metrópole. Essa orientação de política econômica ficou conhecida como pacto colonial.
   Os pricinpais produtos levados da América para a metrópole espanhola eram metais preciosos ( ouro e principalmente a prata), além de corantes, pérola, peles e fumo. Da Espanha, os navios traziam para as colônias grãos, vinho, azeite e produtos manufaturados, estes em geral importados de outras regiões da Europa.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

A ORGANIZAÇÃO DAS COLÔNIAS ESPANHOLAS NA AMÉRICA

   Na véspera do Natal de 1492, Colombo fundou, na ilha Hispaniola, a colônia Navidad, destruída pelos nativos poucos tempo depois de o navegador retornar á Espanha, em 1493. Bartolomeu, seu irmão e sucessor no governo da ilha, mandou construir, em 1498, a cidade de São Domingo (hoje capital da República Dominicana), que se tornaria modelo para as cidades erguidas mais tarde pelos espanhóis no continente.
   Para melhor administra as terras conquistadas, o governo de Madri decidiu dividi-las inicialmente em dois vice-reinos. O primeiro, criado em 1535, recebeu o nome de Vice-Reino da Nova Esspanha e ocupava o território do antigo Império Asteca (México atual). O segundo, o Vice-Reino do Peru, foi fundado em 1543 e correspondia ao território do antigo Império Inca. Tempos depois, surgiram os vices-reinos de Nova Granada (1717) e do Rio da Prata (1776). A autoridade máxima dos vice-reinos, o vice-rei, era escolhida pela Coroa entre os membros da alta nobreza espanhola.
   Ao lado desses vice-reinos, foram criadas cinco capitanias-gerais - unidades administrativas subordinadas aos vice-reis -, estabelecidas nas regiões que correspondem hoje a Cuba, Guatemala, Venezuela, Chile e Flórida.
   O governo das cidades mais importantes era exercido pelo ayuntamiento, depois chamado cabildo - uma espécie de câmara municipal, integrada por representates dos moradores mais ricos.

PIZZARRO - A DISTRUIÇÃO DO IMPÉRIO INCA

   Em abril de 1532, partiu da América Central uma expedição chefiada pelo militar espanhol Francisco Pizarro com o objetivo de conquistar o Império Inca. Levava 180 homens e 37 cavalos. Com esse contigente, o conquistador esperava derrotar o exército inca, composto de mais de 100 mil guerreiros.
   Pizarro e sua tropa foram favorecidos por uma circunstância especial: o Imperio encontrava-se dividido, em virtude da disputa travada entre os dois pretendente ao governo. De um lado, estava Atahualpa; de outro, seu irmão Huáscar. quando os espanhóis chegaram, a luta, embora não tivesse terminado, já havia praticamente decidida em favor de Atahualpa.
  Apoiados por alguns povos hostis aos incas, os invasores marcharam para o sul e, em movembro daquele mesmo ano, entraram na cidade de Cajamarca sem encontrar resistência. Ao chegar, Pizarro convidou Atahualpa para uma reunião. Ele aceitou e se dirigiu ao local do encontro acompanhado de numerosos séquito. Porém, quando alcançou a praça central de Cajamarcas, foi preso pelos homens de Pizarro. Em meio a intenso fogo de artilharia, os incas se retiraram da cidade.
  Na prisão, Atahualpa prometeu a Pizarro, em troca de sua liberdade, um imenso tesouro, composto de todo o ouro que pudesse caber na cela em que se encontrava. O inca cumpriu a promessa, mas não o soltaram. Julgado pelos espanhóis, foi executado em 29 de agosto de 1533.
   No centro do Império, em Cuzco, outro inca foi escolhido por membros da elite. Seguiram-se anos de luta com os espanhóis. Em maio de 1572, Tupac Amaru, o último governante inca, foi decapitada pelos espanhóis na praça principal de Cuzco. Era o fim do Império Inca.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

AMÉRICA - COLONIZAÇÃO

  O primeiro a chegar foi Cristovão Colombo. Viajando a serviço da Espanha, o navegador genovês aportou numa ilha do Caribe, que denominou de San Salvador. Eram 12 de outubro de 1492. Em seguida, Colombo explorou outras ilhas da região. Em uma delas, batizada por ele de Hispaniola - Haiti e República Dominicana atuais - , fundou uma fortaleza. Assim tinha início a ocupação da América pelos europeus.
   Já em 1509, o governo de Madri criaria o Conselho das Índias, destinado a administrar as colônias espanholas no novo continentes.
   Depois da viagem inaugural de Colombo, outros navegadores espanhóis começaram a chegar á América, entre eles Vicente Pinzón, que, ao que parece, percorreu parte do litoral da atual América do Sul, em janeiro de 1500. Três anos depois, foi a vez de Vasco Nuñez Balboa atravessar o atual istmo do Panamá e deparar-se com o oceano Pacífico. Em 1515, João Dias de Solis encontrou o rio da Prata, ao sul. Mais quatro anos se passaram até que Fernão de Magalhães, um português a serviço da Espanha, e Sebastião d' Elcano dessem início á primeira viagem de circunavegação.
  No primeiro século de colonização, a riqueza do continente atrairia outras conquistadores, que passariam a disputar as terras da América, como os portugueses, os franceses, os holandeses e os ingleses.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

INCAS - CULTURA E TÉCNICA

  Os   incas, diferentemente dos povos da Mesoamérica, não criaram uma escrita formal. O quipo desenvolvido por eles era eficiente, mas tratava-se de um sistema de contabilidade. Sua tradição cultural era transmitida oralmente, tarefa reservada aos chamados amawta, cujos relatos serviam de matéria-prima para as crônicas registradas depois que os espanhóis indroduziram a escrita entre eles.
   O calendário inca dividia o ano em doze meses. No entanto, apresentava curiosa particularidade: enquanto o ano era solar, os meses eram lunares, o que ocasionava a diferença de alguns dias entre os dois cômputos.
   Os incas dominavam perfeitamente a técnica de obtenção do bronze (uma liga de cobre e estanho) e da platina, e sabiam trabalhar o ouro e a prata. Não conhecia o ferro, a roda e o torno. Para o fabrico de armas e ferramentas utilizavam a pedra.
    Com esse arsenal técnico, a sociedade inca construiu um império dotado de cidades, palácios, templos, estradas e estrutura administrativa, que provocou a admiração dos espanhóis, estimulando sua cobiça por metais preciosos.

INCAS - LAVRADORES, PASTORES E ARTESÃOS

  A agricultura, principal atividade econômica, dependia em boa parte dos terraços construídos nas encostas da cordilheira e de um sistema de canais para transportar água de fontes localizadas, muitas vezes, a quilômetros de distância. Os incas cultivavam mais de quarenta espécies vegetais, entre elas, abóbora, vagem, algodão, milho, batata, batata-doce, mandioca, amendoim e abacate.
   A maioria da população era formada por camponeses, agrupados em comunidades chamadas ayllu - a célula básica da sociedade inca.
   Os integrantes do ayllu recebiam lotes de terra em diversas partes do Império, o que tornava possível explorar as diferentes condições de clima e de solo para obter grande variedade de produtos.
  A terra era propiedade do inca, que, por meio dos curacas, a entregava ás famílias para cultivo. Cada casal, ao se constituir, recebia um lote. As terras destinadas ao pastoreio, por sua vez, eram usadas coletivamente. Nelas criavam-se a Alpaca, que fornecia lã, e o Ilhama, utilizado como meio de transporte. A domesticação desses animais fez dos Andes a única regiao da América pré-colobiana onde se praticou o pastoreio. Explorando ao mesmo tempo a agricultura, o pastoreio e o artesanato, as comunidades incas eram praticamente auto-suficiente. É importante lembrar que no Império Inca não se particava o comércio nem havia moedas.

INCAS - OS FILHOS DO SOL

   Os incas tinham um governo forte e centralizado. A sucessão no poder se dava na família do governante, mas o herdeiro não era necessariamente filho do Inca, e sim o parente considerado mais capaz para assumir o cargo. Por isso ao final de cada governo, havia grande disputa entre os herdeiros. Uma vez vitorioso, o novo Inca comparecia ao Templo do Sol, onde era entronizado. Investido de poderes exclusivos, niguém podia encará-lo.
   No inicio, os incas eram vistos como filhos do Sol. Mas Huaina Capac, por exemplo, se fez reconhecer como a própria encarnação do sol e foi adorado como deus vivo. O Estado inca constituía, portanto uma teocracia
   O território do Império era dividido em quatro partes por duas linhas imaginárias que se cruzavam no centro da capital, Cuzco, a qual, acreditavam, era o "umbigo do mundo".
    O Império contava com uma vasta rede de estrada e pontes, cuja extensão chegava a 16 mil quilômetro. Em determinados ponto dessa rede havia estabelecimento, os tampu, que serviam simultaneamente de postos de correios, de centros de produtos artesanais e de armazéns. O Império também era dotado de um eficiente serviço de comunicações, que permitia não só receber ou enviar informações com rapidez, mas também deslocar tropas com relativa velocidade para qualquer parte do território.

OS INCAS

   Não há consenso  quando ás origens dos incas. É possível que eles fossem um dos grupos que compunham o povo quíchua, cujo idioma era falado numa ampla região dos Andes. Mas sabe-se que, no século XII, eles viviam ao redor de Cuzco. A tradição Inca atribuia a um de seus ancentrais, Manco Capac, o papel de fundador do Império, ele e seus sucessores pasaram a adotar o título de Inca, nome de uma antiga dividade andina.
  A partir de certo momento, os incas começaram a dominar diversas cidades da região, dando início á sua expansão.
  A sucessão de conquista resultou, em algumas décadas, na formação do Império. Uma das caracteristicas interessantes dessa sociedade é que, ao dominar os diversos povos andinos, os incas fizeram síntese das tradições culturais da região.
   Um de seus governantes mais importantes foi Tupa Yupanqui, que criou um serviço de mensageiros que ligava as diversas partes do Império e estruturou uma burocracia e um exército capazes de manter o controle inca sobre grande parte dos Andes. Yupanqui morreu em 1493, um ano depois da chegada de Colombo á America.
   Seu filho e sucessor, Huaina Capac, governou até 1528. Durante mais de trinta anos de governo, Huaina enfretou prolongada gueras nas fronteiras do norte. Ao morrer ( não está descartada a hipótese de assassinato), o trono passou a ser disputado por Huáscar e Atahualpa, dois de seus filhos. Essa divisão facilitaria, dois de seus filhos. Essa divisão facilitaria mais tarde a conquista do Império pelos espanhóis.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

A ESCOLA ASTECA

     Durante os primeiros anos, a educação da crianaça ficava a cargo da família. O menino aprendia a carregar água e lenha, ajudava nos trabalhos agrícolas ou no comércio, na pesca, e começava a remar sob a orientação do pai. A menina varria, iniciava-se na cozinha, fiação e tecelagem. Assim que a criança atingia a idade de seis a nove anos,   ingressavam em um dos sistemas de educação pública então existentes: o colégio do bairro, onde "mestres de rapazes" e "mestras de moças" preparavam seus alunos para a vida prática; ou então o calmecas, colégio-monastério, onde a educação era ministrada pelos sacerdotes. Em princípio, somente os filhos dos dignatários (pilli) tinham acesso ao calmecas. Os filhos de negociantes, porém, também podiam ser admitidos, bem como crianças das camadas populares, caso se destinassem ao sacerdócio.

ASTECAS - SOCIEDADE

   Entre os astecas, a autoridade máxima era exercida por um soberano. Também poderoso devido ás guerras constantes, os militares ocupavam posição de destaque na hierarquia social
    Os escravos ocupavam o plano mais baixo da escala social. Eram geralmente prisioneiros de guerra, criminosos condenados pela justiça ou pessoa que não conseguiam pagar suas dividas.
    Acima dos escravos estavam o maceualli, que era o membro do clã, ou calpulli.. A ele cabia prestar o serviço militar e pagar imposto, assim como trabalhar em obras coletivas, como a construção e a conservação de estradas e canais.
   Em plano superior aos maceualli encontrava-se os artesãos e os comerciantes. A sociedade asteca tinha grande respeito pelo trabalho do artífice.
  A atividade do comerciante, assim como a do artesão, era hereditária e exclusiva das corporações.
  No topo da organização social ficavam os sacerdotes e os dignatários civis e militares. Eles formavam a aristrocracia.
   O soberano era eleito, sempre numa mesma família, por um conselho de cem membros controlados por militares e sacerdotes. Atribuía-se a ele origem divina e esperava-se que prestasse homenagem aos deuses e protegesse a população. O soberano era auxiliado por uma espécie de chefe de governo e por uma hierarquia de funcionários.

OS ASTECA

   Os astecas viviam originalmete no noroeste do México atual, numa região conhecida como Aztlán, da qual derivou seu nome, . No século XIV da nossa era, provavelmente por terem sido expulsos de seu territorio por povos inimigos, eles foram obrigados a se deslocar para o planalto central do México. No  novo espaço, tornaram-se agricultores, sem perder os hábitos guerreiros, pois se viam constantemente envolvidos em disputas com as populações vizinhas pelas reservas de água potável e pelas áreas de cultivos.
   Os astecas desenvolveram técnicas próprias de plantio do milho, a escrita, a arte e as práticas religiosas. Em 1325, eles passaram a ocupar o conjunto de ilhotas do lago Texcoco e  e construíram numa delas sua principal cidade, Tenochtitlán ( atual Cidade do México). Com o tempo foi dotada de um amplo sistema de ruas, pontes e canais.
   As disputas com outros povos pela posse do territórios e a necessidade de realizar obras para a prática da agricultura, como a drenagem dos pântanos, conduziam, aos poucos, á concentração do poder em três das principais cidades da região: Texcoco, Tlacopán e Tenochtitlán.
   Por volta de 1440, quando teve início o governo de Montezuma I em Tenochtitlán, estima-se que esse verdadeiro império somava cerca de 15 milhões de habitantes.

MAIAS - O CALENDÁRIO

   No  campo da astronomia, os maias se destacaram por desenvolver conhecimento precisos e complexos sobre a duração do ano e a trajetoria dos astros. E aplicaram esses dados na criação de dois calendários: um, ritual e sagrado, de 260 dias, dividido em 13 grupos de 20 dias; e outro, solar - para uso da sociedade - , de 365 dias, agrupado em 18 meses de 20 dias, mais um período de 5 dias.
   Para fazer suas contas, invetaram um sistema engenhoso de cálculo com base no número 20 e desenvolveram o conceito de valor zero ( na verdade, um símbolo cujo significado era ausência de valor).
   No campo da metalurgia, dominaram a técnica de obtenção e manipulação do cobre e do ouro, mas só empregavam esses metais para fins ornamentais.
  Dois aspectos chamam a atenção  nessa sociedade. Eles não utilizavam nenhum animal de tração ou montaria - por isso os meios de transportes e os trabalhos pesados dependiam da força humana - e desconheciam a roda e o torno, o que restríngia sua ação sobre a natureza. Essa limitação, contudo, não impediu que construíssem uma das mais avançadas sociedades da América pré-colombiana.

domingo, 8 de janeiro de 2012

MAIAS - RELIGIÃO, SOCIEDADE,GOVERNO E AGRICULTURA

   Extremamente religiosos, os maias construíam suas cidades em volta de um núcleo formado por templos, pirâmides e palácios. Nas proximidades desse núcleo, ficavam as casas das pessoas mais ricas.
   Cada  cidade era gerida por um halac, que governava em nome de um dos deuses da religiao maia, constituindo uma teocracia. A sucessão ocorria numa mesma família, com o poder passando de pai para filho segundo o direito de primogenitura. O halac vinic concentrava todos os poderes religiosos, militar e civil.
   Temidos e respeitados, os sacerdotes, por sua vez, desempenhavam funções particularmente importantes: presidiam os cultos e as cerimônias religiosas e dirigiam toda a vida intelectual da sociedade. Entre eles haviam astrônomos, matemáticos, advinhos e administradores.
   A estrutura social se caracterizava pela existência de camadas rigidamente separadas, entre as quais não havia mobilidade social.
   Na esfera mais alta da sociedade, estavam o halac vinic e seus familiares. Logo abaixo, vinha a nobreza, que distribuía entre si os cargos religiosos, administrativos e militares. Também faziam parte desse grupo social os comerciantes de maior prestígio.
  No  plano imediatamente inferior, desempenhando diversas funções na escala social, encontravam-se os guerreiros, funcionários, artistas e artesãos. A seguir, com pouco prestígio social, estavam os camponeses e os demais trabalhadores livres, encarregados de cultivar a terra, erguer construções, prestar serviço militar, pagar imposto e fazer oferendas aos deuses. Por último, vinham os escravos, geralmente prisioneiros de guerra ou pessoas condenadas por roubo. Os maias desenvolveram uma economia diversificada, de base agrícula - o milho era sua principal fonte de subsistência.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

OS MAIAS

  Em 700 a.C., aproximadamente,  a sociedade dos maias surgiria na peninsula de Íucatã, situada entre a América do Norte e a América Central. Durante o período  de sua formaçao, essa sociedade herdou vários elementos das culturas dos povos que habitavam a região, como os olmecas. Por volta de 317 de nossa era, os maias já ocupavam extensas regiões do que conhecemos hoje como México, Honduras e Guatemala.
  A sociedade maia destacou-se, entre outros aspectos, por uma forma de organização política original: ela se desenvolveu em torno de centros urbanos autônomos, ligados por uma relativa unidade cultural, sem no entanto constituir um império centralizado. Com o tempo, os maias ergueriam numerosas cidades, como Palenque, Yaxchilán, Tikal, Copán, entre outras.
  O período áureo dessa sociedade ocorreu entre 1000 e 1400. Nessa fase, o centro da península de Iucatã foi ocupado por outro povo, os toltecas, que aí fundou a cidade de Chichén Itza. Essa ocupação acabou resultando na fusão das culturas maia e tolteca.
  A partir de 1441, em decorrência de sucessivas guerras entre suas cidades, a sociedade maia começou a se desintegrar. A isso se somou uma série de flagelos naturais (furações, pestes, estiagens) que culminou com uma epidemia de variocela, em 1511, causada pelo contato com os europeus.

MESOAMÉRICA - OLMECAS E TEOTIHUACANOS

  A Mesoamérica, entende-se a região onde se desenvolveram as primeiras sociedades complexas do continente americano. Ela engloba territórios da América Central e também do extremo sul da América do Norte.
  Uma das primeiras sociedades de que se tem notícia na Mesoamérica foi a dos olmecas, surgida 3000 anos atrás. Eles ocupavam as regiões que correspondem hoje ao México e a Costa Rica. Dotado de uma cultura bastante complexa, os olmecas desenvolveram um sistema próprio de escrita, construíram as primeiras cidades do território e ergueram várias pirâmides. Por volta de 400 a.C, depois de sofrer sucessivas invasões de outros povos, a sociedade olmeca entrou num processo de desintegração.
  Entre 700 a.C. e 600 de nossa era, floresceu também na região a sociedade teotihuacana, assim chamada porque se formou em torno da cidade de Teotihuacán, que significa cidade dos deuses. Os teotihuacanos tornaram-se conhecidos por construir pirâmides, como a do Sol e a da Lua (com 65 metros e 43 metros de altura, respectivamente).Também se notabilizaram por erguer muitos templos dedicados a diversos deuses, como Quetzalcoatl ( ou "serpende de plumas"), símbolo da fecundidade da terra.

AMÉRICA

   Quando so europeus chegaram, em 1492, ao continente que logo seria chamado de América, calcula-se que cerca de 50 milhões de pessoas já habitavam essas terras. A poulação que eles encontraram era bastante heterogênea, formada por povos diferentes, com enorme diversidade cultural. Alguns grupos eram nômades, não utilizavam os metais e viviam em comunidades relativamente simples. outras tinham alcançado grande desensvolvimento e faziam parte de sociedade complexas e diferenciadas, como os maias, os astecas e os incas.
   Para esses povos pré-colombiano, como ficaram conhecidos, a chegada dos homens de além-mar teve um significado dramático: além de provocar morte e destruição, os invasores acabaram alterando de forma radical sua história e a relação de equilíbrio que mantinham com a natureza. Os que sobreviveram á conquista foram submetidos, juntamente com suas terras, aos propósitos econômicos e religiosos dos europeus.